“Não há fatos, só interpretações” (Nietzche)
Sérgio Barbosa (*)
Ah! A música como sempre abala as estruturas de qualquer mortal, assim, sempre é bom ir ao encontro daquele som, deste ou daquele tempo, o que vale é o desencontro do momento e ponto quase final…
Estes dias ouvi alguém dizer que não gosta mais das músicas do “Rei” Roberto Carlos, ainda, por causa dos seus desencontros nestes últimos anos com o seu lado um tanto quanto “religioso”…
Bom, as mudanças acontecem para todos/as, sempre que isto acontece causa reações positivas ou negativas nas pessoas em nossa volta, ainda mais quando se trata deste ou daquele ídolo dos/as fãs do presente em meio às recordações do passado perdido na memória…
Andei pesquisando e percebi que RC faz anos que está revendo suas convicções pessoais e profissionais, desta forma, pode estar em alguma fase de reflexão sobre isto e mais aquilo, porém, continua sendo aclamado pela mídia como o eterno “Rei” para outros desencontros desde os bons e velhos tempos da Jovem Guarda…
Hoje, está cada vez mais fácil rever posições nas áreas afins aos nossos interesses, tendo em vista que o cenário exige um novo perfil em tempo de pós-globalização organizacional, desta forma, mudar é necessário, mesmo que seja para ser um camaleão neste tempo novo tempo de Pandemia…
Mas, recordar é viver diz o dito popular, ma música tudo é permitido para ir em busca daquela saudade musical, por isto, a poesia em forma de música se faz presente no cotidiano das pessoas…
Os anos passam com uma rapidez incrível, o que era não vale mais, menos para os fãs de sempre, ou seja, estão sempre buscando estar em sintonia com o seu “ídolo”…
Talvez, “viajando e sentindo” por meio da música, a presença do do outro tempo do tempo, ainda, “sem medo de ser feliz”…
Tem pessoas que apreciam um pouco de tudo em termos de música, uma alternativa para estar de bem com o outro lado, porém, existem aqueles/as que são radicais com suas escolhas e acabam criando uma redoma de vidro em volta como mecanismo de defesa contra tudo e todos/as…
Não tem como fugir da música, a mesma marca presença em todos os lugares, demonstrando sua neutralidade frente aos fãs do presente em meio às recordações do passado em uma perspectiva de futuro…
Sempre vai ter querendo relembrar uma ou mais músicas da sua caminhada, isto faz parte do seu interior enquanto ser humano, afinal, a poesia musical causa encanto e tristeza ao mesmo tempo, depende sempre do estado de graça ou sem graça do momento…
É isto aí leitor/a, “cada louco/a com sua mania”, discutir música, bem como, futebol, religião e política, pode não ser uma opção interessante, entretanto, talvez seja melhor cada um ficar na sua, se possível, com suas lembranças dos bons e velhos tempos, aqueles que não voltam nunca mais, isso é, pelo menos na área musical ou em outras…
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(*) Jornalista diplomado e professor universitário
e-mail: barbosa.sebar@gmail.com.
