10 de janeiro de 2024

DESENCONTROS EM OURINHOS COM O PASSADO…

DESENCONTROS EM OURINHOS COM O PASSADO...
Sérgio Barbosa

“Todos nós temos nossas máquinas do tempo. Algumas nos levam pra trás, são chamadas de memórias. Outras nos levam para frente, são chamadas sonhos.” (Jeremy Irons)

By seb@r.

“Quando era criança pequena” lá em OURINHOS, lembro que minha avó paterna, ANTÔNIA, bem como, a minha TIA DALILA, irmã da minha mãe, DONA TATINHA (GENY), moravam no bairro da BARRA FUNDA, ou seja, na RUA NARCIZO MIGILIARI…

Porém, também, recordando aqui e ali, pra sair da RUA 21 DE ABRIL na minha VILA MARGARIDA, quase sempre com a minha saudosa MÃE e o meu irmão VALDIR, era necessário descer essa rua em direção a “PASSAGEM DA LINHA”, pois, a divisa entre os dois bairros era a LINHA FÉRREA DA FEPASA, naquele outro tempo, ESTRADA DE FERRO SOROCABANA…

Também, uma vez ou outro pra variar, o caminho poderia ser via RUA 15 DE NOVEMBRO, entretanto, naquele outro tempo tudo era uma aventura de criança pequena…

Depois da PASSAGEM DA LINHA, não tinha como não olhar do lado direito de quem está descendo pra BARRA FUNDA, a imponente e grandiosa CERÂMICA SANTO ANTÔNIO, naquela época era conhecida como CERÂMICA DA “PEPA”…

Para “o olhar de uma criança tudo era coisa do outro mundo naquele galpão enorme com suas chaminés altas”, assim, de um jeito ou de outro, para o meu lado tudo era grandioso naquela CERÂMICA…

Oura coisa mais do que interessante neste tempo do tempo, estava nos nossos desencontros com muitas brincadeiras com os primos e primas que moravam e alguns, ainda, residem na BARRA FUNDA…

Posso registrar que foram anos e anos com muitas idas e vindas entre a VILA MARGARIDA e a BARRA FUNDA, quase sempre ao lado da minha mãe e do meu irmão…

Todavia, como sempre, NADA É PRA SEMPRE e um dia cada qual vai em busca do seu caminho por aqui ou por ali, dependendo sempre das nossas escolhas e ponto quase final…

Assim, depois de muitos anos, ainda, numa destas visitas que sempre que possível procuro fazer, ou seja, ir até OURINHOS pra vistas familiares, resolvi aproveitar e “fazer uma arte”, caminhar até a PASSAGEM DA LINHA e retornar…

Mas, ao chegar na LINHA DO TREM, a primeira coisa que olhei foi para o lado direito e consegui localizar o que sobrou desta CERÂMICA e tudo mais em meio ao tudo de menos…

O local está praticamente ABANDONADO e apenas um dos barracões está sendo utilizado por uma empresa, no mais está tudo se perdendo neste tempo do tempo…

Tais desencontros com o local e na medida em que caminhava em volta da quadra para muitos olhares sobre um mesmo olhar, as recordações marcavam presença do meu lado quanto ao outro tempo que se perdeu para nunca mais voltar…

Tais registros são mais do que necessários para que o PRESENTE possa aprender alguma coisa com o PASSADO em todas as áreas, haja vista que o PRESENTE está deixando a desejar quando a MEMÓRIA se faz presente…

 

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