Em uma missão internacional, o adamantinense Elvis Eduardo Bispo, de 34 anos, capitão no quadro de oficiais do Exército Brasileiro, atua como Assessor Militar nas Forças Armadas do Suriname, em uma cooperação entre os dois países que prevê, entre outras ações, um curso de aperfeiçoamento de oficiais das forças armadas do país vizinho, de nivelamento doutrinário.
Uma das recentes atividades do capitão adamantinense no curso foi destaque em uma publicação no site do Exército Brasileiro, neste mês de março. O conteúdo descreve as atividades do militar no nivelamento doutrinário do “Processo de Planejamento e Condução das Operações”, com foco no exame de situação de Estado-Maior e no planejamento logístico, realizado de 28 de fevereiro a 11 de março. A atividade faz parte da preparação do corpo docente do curso de aperfeiçoamento de oficiais das Forças Armadas do Suriname.
Nesse mesmo período, segundo o Exército Brasileiro, o capitão Elvis iniciou o módulo II de português para os alunos da Academia Militar do Suriname. O módulo tem o objetivo de desenvolver a língua portuguesa nas quatro habilidades (fala-escrita-leitura-audição) e terá a duração de 30 horas/aula.
O capitão Elvis está no Suriname desde agosto do ano passado, onde deve permanecer por um ano, morando com a família na capital Paramaribo. O país tem cerca de 600 mil habitantes. Do lado brasileiro, o estado do Pará tem o maior trecho de fronteira com o vizinho. Já outro trecho de fronteira com terras brasileiras ocorre no estado do Amapá.
Após rigorosa seleção, adamantinense foi recrutado para a missão
Após ter contato com esse conteúdo do Exército Brasileiro, o SIGA MAIS entrevistou o capitão adamantinense. “Dentro da carreira militar, no Exército Brasileiro, temos as escolas de formação, aperfeiçoamento e altos estudos. Então, meu assessoramento especificamente é realizado junto a essa segunda etapa da carreira deles”, explicou. “O nivelamento doutrinário corresponde a uma série de instruções de doutrina militar brasileira, que é usada como modelo para desenvolvimento da doutrina militar no Suriname”, continuou.
O militar destacou que essa cooperação militar entre os dois países ocorre há 10 anos e anualmente o Exército Brasileiro envia oficiais para desempenho dessa atividade. Ele e mais três militares brasileiros participam dessa missão, atualmente, no Suriname.
Ele disse que existe um processo seletivo rigoroso que considera toda a carreira do militar para missões no exterior. Nesta condição, fora do país, estão vinculados diretamente ao Comando do Exército, em Brasília.
No país vizinho, o adamantinense tem papel correspondente a coordenador pedagógico da equipe. “A cooperação tem um papel importante no desenvolvimento das Forças Armadas do Suriname, que é um país que compartilha área de fronteira com o Brasil, logo, contribui para a integração a nível América do Sul”, detalha.
Trajetória no Exército Brasileiro
Ao SIGA MAIS capitão Elvis contou que nasceu e morou em Adamantina até os 17 anos, quando foi aprovado no concurso da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas, e de lá seguiu para a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), uma escola de ensino superior do Exército Brasileiro situada em Resende (RJ), onde se formou em 2009.
Depois, entre 2010 a 2014, já formado como tenente, foi designado para Curitiba (PR). Nos anos de 2015 e 2016 atuou em Tefé (AM), em 2017 foi designado a João Pessoa (PB), em 2018 foi para o Rio de Janeiro (onde cursou aperfeiçoamento de oficiais), em 2019 e 2020 atuou em Campo Grande (MS) e desde agosto do ano passado está em Paramaribo, na capital do Suriname.
Em Adamantina, ele morou no início da Rua Mário Olivero, proximidades da via férrea. Sua vida estudantil na cidade foi nas escolas estaduais Fleurides Cavalini Menechino e Helen Keller, e depois no Colégio Objetivo, onde estudou como bolsista.
Ao SIGA MAIS ele também explicou sobre a decisão por atuar como militar das forças armadas do Brasil. “A escolha da carreira militar se deu, principalmente, porque na época de escolher uma profissão, após muita pesquisa, tomei ciência do importante papel do Exército Brasileiro na nossa sociedade”, explicou. “A carreira militar proporciona chances iguais a todos, e o mérito se sobressai”, finalizou o adamantinense.
Fonte: Siga Mais