18 de fevereiro de 2021

Cuidadora de 59 anos vai à polícia e diz ter caído em golpe após encontro iniciado na internet

Cuidadora de 59 anos vai à polícia e diz ter caído em golpe após encontro iniciado na internet

A cuidadora de idosos Maria Aparecida Bezerra, de 59 anos, moradora em Adamantina, procurou a Polícia Civil depois de desconfiar de que tinha sido vítima de golpe. Ela conheceu um homem pela internet que disse morar em Cuiabá (MT) e se identificou como Adalberto, da dupla sertaneja Adalberto e Adriano, que marcou época nas décadas de 1980 e 1990.

 

O caso foi mostrado pela Record TV, de Rio Preto, em seus telejornais, exibidos nesta terça-feira (17) e hoje (18). Segundo a reportagem, os dois passaram a interagir pelas redes sociais e a relação evoluiu, quando então ele decidiu visita-la. A cuidadora manifestou-se positivamente e depois de combinado o encontro, ele chegou à casa dela. Segundo disse a cuidadora, ela tinha a expectativa de que o homem fosse passar alguns dias em sua casa, mas acabou ficando quatro meses vivendo sob o mesmo teto.

 

À reportagem da TV, Maria Aparecida disse que passou a desconfiar, como também seus familiares. Mas tinha medo de confrontá-lo, dado seu porte físico.

 

Já na sexta-feira da semana passada, dia 12, segundo contou a cuidadora, ela retornou à sua casa, depois do trabalho, quando encontrou uma carta com xingamentos e ofensas. A mulher percebeu a falta de alguns pertences, inclusive um cartão de crédito. Ela descobriu que o cartão foi usado para fazer uma compra de R$ 600 em um supermercado da cidade.

 

Em uma pesquisa na internet, a mulher descobriu publicações sobre o homem. Em uma delas, há informações de um boletim de ocorrência, citando que ele se passava por Adalberto, integrante da dupla sertaneja, suspeito de participar de crimes de estelionato em diversas partes do país. Nessa publicação, ele aparece com outro nome.

 

A cuidadora de idosos levou o caso à Polícia Civil, onde registrou um boletim de ocorrência. A reportagem da Record TV ouviu a delegada Laíza Fernanda Rigatto Andrade. Ela disse que a investigação sobre o caso exige cuidados, porque é comum que autores desses crimes utilizem de nomes e documentos falsos. Em torno do nome do suspeito, segundo a delegada, existem quatro RGs para esse mesmo nome. “Essas informações precisam ser confrontadas, o que será feito durante a investigação”, disse.

 

A investigação vai tentar localizar o autor e com isso tentar que faça novas vítimas. A delegada destacou que as pessoas tenham cautela, diante de qualquer relacionamento ou negócios pela internet. “Perfis falsos são criados, histórias são criadas, personagens são criados, justamente para manter a vítima em erro e fazê-la acreditar que é um relacionamento, se envolver com essa pessoa e, de repente, passar a ser vítima de crimes”.

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Fonte: Siga Mais

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