19 de junho de 2025

Corpus Christi: A Presença que o Coração Sente

Corpus Christi: A Presença que o Coração Sente

A solenidade de Corpus Christi nos convida a uma profunda contemplação sobre um dos mistérios mais caros à nossa fé: a presença real de Jesus na Eucaristia. Em um mundo que frequentemente valoriza apenas o que é visível e palpável, esta celebração nos recorda que há realidades que transcendem nossos sentidos físicos, mas que podem ser intensamente percebidas pela sensibilidade da alma e pela fé do coração. Muitas vezes, em nossa jornada, ansiamos por evidências concretas, por provas irrefutáveis da presença divina. Gostaríamos de ver com nossos olhos, tocar com nossas mãos. No entanto, a experiência da fé nos introduz a uma dimensão diferente de conhecimento e encontro. É um sentir que vai além do ver, um perceber que ultrapassa o tocar. Quando nos aproximamos da Eucaristia, o Pão consagrado, o Corpo de Cristo, somos convidados a essa experiência interior. Nossos olhos podem não distinguir uma transformação física óbvia, nossas mãos podem tocar apenas a aparência do pão, mas o coração, quando aberto e receptivo, é capaz de sentir uma presença que é majestosa, bela e transbordante de um amor incomensurável. É no silêncio da adoração, na quietude da alma que se volta para o Santíssimo Sacramento, que essa percepção se aprofunda. Ali, mesmo que o mundo exterior continue com seu ruído e suas demandas, o coração pode encontrar um refúgio de paz e uma certeza inabalável: Ele está aqui. Essa convicção não nasce de uma lógica fria, mas de uma experiência íntima, de um sentir que convence mais do que qualquer argumento. Corpus Christi é, portanto, um chamado a cultivarmos essa sensibilidade interior, a afinarmos o nosso coração para perceber a presença real e transformadora de Jesus entre nós. É um convite a reconhecer que, embora nossos sentidos físicos tenham seus limites, nosso ser mais profundo é capaz de “mirar a beleza” e “sentir o grande amor” que emanam do sacramento do altar. Que esta celebração reforce em nós a certeza de que não estamos sozinhos. Ele está aqui, oferecendo-se como alimento, como força, como amor que sustenta e renova. Que nossos corações, mais do que nossos olhos ou mãos, possam sempre sentir e proclamar essa presença viva e verdadeira.

 

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Um abraço do Padre Ezequiel

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