Os problemas enfrentados neste mês de janeiro por moradores de casas populares do conjunto “Murilo Jaccoud”, ao lado do Parque Itamarati, em Adamantina, entregues há cinco meses aos mutuários, foram, um a um, esclarecidos pela ECG – Engenharia Construções e Geotecnia Eireli, que executou o empreendimento, construído a partir de parceria entre o Município, Governo Federal e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Nas chuvas deste mês de janeiro, sobretudo dia 16, foram identificados problemas relacionados à drenagem de águas pluviais, infiltrações e a derrubada de muro de uma residência. Ao tomarem ciência do caso, os vereadores Alcio Ikeda, Rafael Pacheco e Antônio Leôncio da Silva (Bigode da Capoeira), todos do Podemos, comunicaram o ocorrido à Prefeitura de Adamantina, ao Ministério Público da Comarca local e à Gerência Executiva de Governo da Caixa Federal de Presidente Prudente, em busca de providências.
Nesta terça-feira (26) a ECG encaminhou relatório ao portal sigamais, onde esclarece os pontos reclamados. Na correspondência, os representantes da construtora detalham os aspectos reclamados pelos moradores e relatados pelos vereadores, como infiltrações, acúmulo de água nos quintais, além da invasão de água, em uma casa, e a derrubada de muro de um imóvel do loteamento.
Em relação à insuficiência de drenagem na Rua Dirceu de Souza Pereira, nas proximidades das residências de números 82, 92 e 102, a ECG diz que a estrutura de captação de águas pluviais perto desses imóveis “são as únicas bocas de lobos que realizam a captação da água do próprio loteamento bem como a água proveniente das ruas de fora do loteamento”.
A empresa afirma que as dimensões das tubulações foram alteradas, a maior, porque o projeto original não previa a captação de águas pluviais de fora do empreendimento, vindas sobretudo do Parque Itamarati. “As dimensões das tubulações internas ao loteamento já foram alteradas do projeto inicial quando a identificação da não contemplação das contribuições externas ao loteamento. A alteração foi custeada pela ECG (equipamento e mão de obra) e pela Prefeitura Municipal (fornecimento do material), ficando sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal a realização de bocas de lobos em pontos externo ao loteamento, bem como realizar a ligação destes pontos à rede de drenagem executada pela construtora em um ponto da Rua Dirceu de Souza, próximo à Rua Saldanha Marinho. Todo o projeto de drenagem foi executado respeitando os locais das tubulações e de todas as bocas de lobos, conforme aprovados no projeto inicial, somente alterando a dimensão das tubulações, a maior, conforme acordado com a Prefeitura Municipal”, afirma.
Sobre os relatos de infiltração em residências, o documento produzido pela ECG e enviado ao portal sigamais informa que “os problemas relatados no item em questão não têm nenhuma relação com as chuvas do período. Trata-se de duas residências que apresentaram problemas no reservatório do sistema de aquecedor solar e estavam sendo assistida pela ECG. Os serviços de reparo já foram executados no dia 18/01/2021, com a substituição das boias dos reservatórios nas residências da Rua Dirceu de Souza Pereira nº 122 e 192 e a troca do reservatório boiler na residência da Avenida Reinaldo Turra nº 101. Estão pendentes somente o serviço de retoques de pinturas, que serão executados assim que as paredes estiverem secas”.
Em relação às inundações dos imóveis e problemas com muros, a construtora afirma que entregou os terrenos das residências com uma leve inclinação, para que a água de chuva saísse superficialmente pela frente dos lotes e já orientou aos moradores para verificar periodicamente os pontos de erosão e realizar a correção tanto da inclinação como das erosões que vierem a surgir. “Em visita ao empreendimento, é possível verificar que já existem muros de frente, pavimentação de terrenos, colocação de britas em parte do terreno, obstruindo a passagem superficial da água da chuva, cabendo ao proprietário, a preocupação de continuar permitindo que água saia para frente do terreno”, diz.
Em algumas situações, segundo a construtora, a dificuldade de escoamento das águas, em razão das modificações que teriam sido feitas pelos moradores, no terreno, sem a captação de água pluvial dos imóveis, leva ao acúmulo no próprio quintal, causando erosões ao pé do muro e no fundo dos lotes e outros transtornos.
OBRAS PLUVIAIS SOB RESPONSABILIDADE DA PREFEITURA, NÃO FINALIZADAS
A ECG pontua ainda a não finalização de obras de drenagem de águas pluviais, sob a responsabilidade da Prefeitura, sobretudo em razão do volume de águas provenientes das chuvas, oriundas do Parque Itamarati e de uma área verde ao lado do empreendimento. “Durante a execução da drenagem e pavimentação do conjunto habitacional, a construtora solicitou a Prefeitura Municipal para que a mesma iniciasse sua drenagem para captar a água pluvial que descarregava na área verde que fazia divisa com os lotes da Quadra D. O serviço foi iniciado porem não concluído”, afirma.
“A construtora, para evitar o acumulo excessivo de água na divisa entre os lotes e a área verde, realizou por sua conta, pois não era previsto no projeto de drenagem, um ponto de captação para a água exclusivamente proveniente da chuva que cairia na área verde em questão”, completou.
Fonte: Siga Mais