Paróquias de Santo Antônio de Pádua, São Francisco de Assis e Nossa Senhora de Fátima já iniciaram os preparativos a festa de Corpus Christi
Pascom
A Festa de Corpus Christi é a celebração em que, solenemente, a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Liturgicamente é o único dia do ano em que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas.
A solenidade acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-Feira Santa, quando Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma.
Foi na Quinta-Feira Santa que Jesus, deu aos apóstolos a grande missão de continuarem a celebrar a ceia através dos tempos, ordenando: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19). Por isso, a Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. “E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”, Jo 6, 51.
Neste ano, a celebração de Corpus Christi será no dia 16 de junho, quando haverá missa campal na Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua, a partir das 16h, seguida de procissão até a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima e bênção do Santíssimo. Com a suspensão das celebrações em razão da pandemia, este será o primeiro ano com missa e procissão após a criação da Paróquia São Francisco de Assis, que também integrará as celebrações.
A missa de Corpus Christi, com a procissão e bênção, é uma é uma oportunidade especial para avivar a nossa fé no amor de Deus. É Jesus em pessoa, que não fica restrito as paredes de uma igreja, mas que passa no meio do povo, e santifica nossas ruas com a sua presença.
Como gesto concreto, os fiéis são chamados a participarem por meio da doação de fraldas geriátricas, destinadas aos enfermos atendidos pela Pastoral da Saúde. A entrega dos donativos poderá ser feita na secretaria das paróquias.
Origem
Segundo informações do site católico Aleteia, a festa de Corpus Christi nasceu do Milagre Eucarístico de Bolsena (Itália), acontecido em 1263.
O sacerdote Pedro de Praga fazia uma peregrinação à Roma e parou para pernoitar em Bolsena uma vila perto de Roma e se hospedou na Igreja de Santa Catarina.
Na manhã seguinte, foi celebrar uma missa e pediu ao Senhor que tirasse da sua mente as dúvidas sobre a Sua presença real na Eucaristia. Era difícil para ele acreditar que no pão e no vinho, estava o Corpo de Cristo.
No mesmo momento em que ergueu a hóstia, esta começou a sangrar (sangue vivo). Ele assustado, embrulhou a hóstia e voltou à sacristia e avisou o que estava acontecendo. O sangue escorria, sujando todo o chão no qual apareciam vários pingos.
O milagre foi informado ao Papa Urbano IV, que estava em Orvieto, que mandou um bispo a essa vila verificar a veracidade de tal fato. O bispo viu que a hóstia sangrava e o chão, o altar e o corporal (toalha branca do altar) estavam todos manchados de sangue.
Imediatamente foi organizada uma procissão para levar o corporal do milagre à presença do Papa, que resolve ir ao encontro da procissão. Quando o bispo mostra o corporal manchado de sangue, o papa se ajoelha e diz: “Corpus Christi” (Corpo de Cristo)!”
A origem da festa tem fundamento também nas feitas a Santa Juliana de Liege, onde o próprio Jesus pedia a então freira Juliana de Mont Cornillon a instauração de uma festa pública dedicada a Eucaristia. Nesta época era sacerdote, nesta diocese da Bélgica, o futuro papa Urbano IV.
Em 1264, o papa Urbano IV, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.
Fonte: Everton Santos