Com feriadão de 10 dias na Capital, Sincomercio pede medidas restritivas a prefeituras da região

A decisão do prefeito da cidade de São Paulo por antecipar feriados e criar o “mega feriadão” de 10 dias, de 26 de março a 4 de abril, para tentar parar a Capital paulista, pode desencadear deslocamentos demoradores para cidades do litoral e interior e ampliar os riscos de circulação e transmissão da Covid-19. O alerta foi feito na última quinta-feira (18) pelo SIGA MAIS.

Na região de Adamantina a reação mais estruturada, sobre o tema, partiu do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista), que está enviando comunicação a prefeito das cidades da faixa entre Dracena e Parapuã, para adoção de medidas restritivas nos municípios.

De acordo como Sindicato, um possível crescimento no número de contaminados poderá retardar o avanço das cidades de fase no Plano São Paulo, o que significaria mais tempo de restrições as atividades econômicas consideradas não essenciais, além do risco para a saúde dos munícipes da região que poderão estar mais expostos com aumento na circulação de pessoas.

Em relação ao mega feriadão na capital paulista e também diante do aumento no número de casos da Covid-19, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) aprovou na última sexta-feira (19) a implantação de lockdown nos nove municípios da região. As restrições valem por 13 dias: entre 23 de março (terça-feira) e 4 de abril. Uma força-tarefa com a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal vai fiscalizar a circulação de pessoas e veículos. A medida vale para as cidades de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

Outra iniciativa para desestimular o fluxo de veículos da capital paulista rumo às praias da Baixada Santista, o Governo de São Paulo anunciou na sexta-feira a suspensão da Operação Descida aos finais de semana, no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). A medida já entrou em vigor e segue até o dia 30 de março, com possibilidade de prorrogação.

Dória disse que faltou bom senso por parte do prefeito da cidade de São Paulo

As reações à decisão do prefeito Bruno Covas foram imediatas, inclusive pelo próprio governador João Dória. No dia seguinte, em declaração à imprensa, ele disse que o prefeito Bruno Covas havia sido alertado de que esse tipo de decisão deveria ser sido discutida antes com o governo estadual. “As prefeituras têm autonomia para suas decisões e reconhecemos isso. Mas há certas decisões que o bom senso recomenda que sejam compartilhadas com o governo, dado o impacto nas cidades vizinhas. Faltou um pouco de bom senso da prefeitura para evitar o mal-estar que acabou provocando. Vamos reduzir isso ao mínimo possível”.

Em seguida, o prefeito Bruno Covas reagiu às declarações do colega tucano. “O senso que falta é o senso de urgência. Aqui na prefeitura tem menos falação, foco no trabalho e colaboração. Faço o máximo que posso para defender o povo da minha cidade. Sempre aberto a colaborar com outras cidades e com o governo do Estado. Mas cada um precisa assumir suas responsabilidades”, rebateu.

Fonte: Siga Mais