O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (7) que o Brasil não deverá aplicar a quarta dose da vacina contra Covid-19 por enquanto. Segundo o chefe da pasta, os técnicos da Saúde descartaram adotar a medida nesse momento, mas é possível que a aplicação seja a “dose de 2022” do imunizante.
“A área técnica tem discutido isso, A secretária Rosana [Leite de Melo, secretaria extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde], conversou comigo na sexta-feira passada, disse que o grupo técnico, nesse momento, não avalia aplicar a quarta dose. Mas na prática seria a dose de 2022. O que nós temos é doses, para garantir que todas as doses necessárias que sejam recomendadas pelos técnicos, elas sejam disponibilizadas para a população brasileira”, disse o ministro.
Queiroga disse que o ministério tem trabalhado para garantir a vacina, que já foram distribuídas 430 milhões de doses e que não faltará imunizante no caso de o país adotar a quarta aplicação. Ele voltou a dizer que a vacina tem sido importante para que os efeitos da Covid-19 sejam menos nocivos, chamando de “grande força” no combate à variante Ômicron,
O ministro afirmou que o ministério é a favor das vacinas e tem sido destaque no enfrentamento ao coronavírus, por isso o Brasil foi escolhido por consenso para representar as Américas no grupo criado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para discutir projetos relacionados às pandemias. África do Sul, Egito, Holanda, Japão e Tailândia também participam da equipe.
Queiroga afirmou que o ministério tem trabalhado para “trazer os pais” para a vacinação e assim aumentar a adesão à imunização, mas que não vai impor a aplicação. Segundo ele, não é apenas em relação às crianças que há resistência de parte da população em se buscar a aplicação de doses.
“Já tem mais de 70 milhões de doses de vacinas com os estados e municípios. Então essa questão não só se verifica com a questão das crianças de 5 a 11 anos. É claro que é um tema mais sensível, as crianças. Essas vacinas, todas elas foram desenvolvidas num curto espaço de tempo, isso é um grande avanço da ciência. Nós temos que avançar de maneira sustentada, trazendo os pais para buscar a vacinação, sem obrigá-los porque é pior. Então vamos trabalhar para que todos possam exercer esse direito”, declarou.
Queiroga declarou que o ministério tem atuado para garantir que os imunizantes suficientes para todo o público entre 5 e 11 anos cheguem até a próxima semana. “Estamos trabalhando fortemente para antecipar doses infantis, para que os pais também exerçam o direito de vacinar seus filhos. Até 15 de fevereiro nós distribuiremos doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos.”
Fonte: R7