11 de junho de 2019

As lendas estão partindo – Serguei e André Matos – Tiago Rafael – Coluna Opinião

As lendas estão partindo – Serguei e André Matos - Tiago Rafael - Coluna Opinião

As lendas estão partindo – Serguei e André Matos
Um breve relato sobre os músicos Serguei e André Matos
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“Eu sou psicodélico / A vida para um hippie é mais vida / O mundo é uma flor / Sem espinhos e sem dor / Plantada com amor / Eu sou psicodélico / Pra mim o universo é um jardim / Também quero ser assim / Azul, vermelho, amarelo, branco da paz! / A paz colorido bélico / Eu sou psicodélico”.
Eu Sou Psicodélico – Serguei
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“… E à noite ele sempre estará lá / Para sua senhora o olhar / E assim ele nunca morreu.”
Fairy Tale – Shaman (Tradução)
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Nos últimos dias o cenário do rock nacional teve duas grandes perdas. Na última sexta-feira (07), faleceu aos 85 anos o músico Serguei e no sábado (08), o ex-vocalista das bandas Viper, Angra e Shaman, André Matos, aos 47 anos. Suas vozes e atuações marcaram várias gerações dos amantes do bom e velho rock.

Serguei era considerado um dos símbolos do rock brasileiro e tido como um dos roqueiros mais antigos do país. Em sua casa, foi criou o Museu do Rock, onde disponibilizava à visitação grande parte do material que compôs a sua tragetória. Ao todo, Serguei lançou 11 discos durante sua carreira, tocou no Rock in Rio II (1991) e Rock in Rio III (2011) e até o ano de 2018 ainda tocava com sua banda Pandemonium.

Por outro lado, com a partida de André Matos, sobram páginas e mais páginas de seu vasto currículo musical. Além de ter se consolidado como um dos ícones na esfera do Heavy Metal Mundial, conforme já mencionado nas bandas Viper, Angra e Shaman, André chegou até mesmo a ser cogitado como um dos possíveis substitutos de Bruce Dickinson no Iron Maiden.

Para os amantes do rock, com certeza ficarão as lembranças da psicodelia inenarrável de Serguei, ao mesmo tempo que sobrarão as lendárias apresentações de André Mattos nas várias bandas em que emprestou a sua incomparável voz.

Enfim, em tempos musicais “não tão bons”, cabe a homenagem e a admiração por estes dois profissionais. E como um dia já disseram, repito por aqui: “O rock não envelhece e nem morre, apenas se torna clássico.” Assim serão lembrados, Serguei e André Matos, como dois grandes clássicos do Rock Nacional e Mundial.

Tiago Rafael dos Santos Alves
Professor e Historiador

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