“… você pode me achar um sonhador, mas eu não sou o único…” (John Ono Lennon)
Ao tempo sem o tempo, dedico!
Sérgio Barbosa (*)
Neste momento, quando o tempo passa sem deixar vestígios do outro olhar frente ao desconhecido do momento, pode-se pensar em muitas coisas sem sentido para o homem do passado…
O futuro dispersa as ilusões de um presente sem passado, assim, as pessoas continuam buscando apenas estar e se esquecem de ser para um encontro com o seu interior censurado pelas conquistas do tempo com o tempo daquele tempo…
A vantagem do esquecimento está acima do bem sobre o mal nas mentiras de uma mesma verdade interior, neste caso sem fim, o início determina o meio para os amantes daquela cidade perdida entre montes e rios…
O instante é único numa madrugada serena e sem lua para testemunhar o encontro dos dois lados de uma mesma proposta, os registros não estão presentes neste caso, apenas o detalhe cobra a sua presença para uma injustiça amarrada pelas mãos do poder sem tempo neste tempo do tempo…
As grades deste poder são invisíveis para o homem sem o tempo, entretanto, nada detém aquela luz passageira em meio à escuridão da mensagem codificada pelo emissor sem tempo para o tempo com o tempo do tempo…
O passageiro deste tempo viaja sem saber o destino de uma partida sem volta para o lugar comum, neste caso, pode-se comprar o universo sem as estrelas como pagamento de uma divida perdida no tempo sem espaço geográfico para o pesquisador desatento…
O desejo sem paixão pode representar a redenção para a razão do outro tempo, quando o homem buscava o prazer pelo poder ou então, o poder sem prazer…
As palavras se perdem nas perdas de um texto qualquer, claro, o leito ou e leitora é a última, a saber, do que aconteceu com o articulista no momento mágico da escrita…
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(*) Jornalista diplomado.
E-Mail: barbosa.sebar@gmail.com