20 de agosto de 2022

A juíza Dra. Ruth Duarte Menegatti falou sobre a Lei Maria da Penha na promoção da saúde mental

A juíza Dra. Ruth Duarte Menegatti falou sobre a Lei Maria da Penha na promoção da saúde mental

 

 

No programa ‘Saúde é o que interessa’ dessa quarta-feira (17), o Dr. Guilherme Bonadirman recebeu o juíza Dra. Ruth Duarte Menegatti para falar sobre a Lei Maria da Penha na promoção da saúde mental.

 

A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher em conformidade com a Constituição Federal. Por isso, em agosto temos o ‘Agosto Lilás’, para evidenciar a prevenção e o combate à violência doméstica.

 

Entre muitas consequências, a violência de gênero tem sido fortemente associada a prejuízos na saúde mental das mulheres, tais como
a configuração de quadros de depressão, ansiedade, fobias, transtorno pós-traumático, suicídio, problemas alimentares, etc.

 

Dra. Ruth, que sempre abraçou a luta em defesas das mulheres, celebra a grande vitória conquistada com a lei em questão. “A Lei Maria da Penha oferece, desde 2006, uma vida livre de violência para as mulheres, trazendo o trato da violência de uma maneira muito ampla, em aspectos punitivos, assistenciais e preventivos”, relata a juíza.

 

O preconceito que a mulher enfrenta no Brasil é estrutural, histórico, político-institucional e cultural. Desde sempre, a mulher sofre não apenas com a desigualdade de gênero mas também com a violência em suas mais diversas formas.

 

A ampliação mais abrangente de direitos das mulheres no Brasil ocorreu somente com a Constituição de 1988. A primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) foi criada em 1985, em São Paulo, e a principal lei para prevenção e punição da violência doméstica, a Lei Maria da Penha, é ainda mais recente. “Essa lei escancarou a realidade do Brasil a nível mundial, o fenômeno da violência contra a mulher”, observa a juíza.

 

Hoje temos consciência das variadas formas de violência. “Antigamente apenas as agressões físicas eram notificadas. Por mais que elas ainda sejam a maioria, hoje sabemos que a lei respalda essa mulher para muito além da agressão física”, declara ela.

 

Ao explicar sobre o funcionamento da Lei Maria da Penha, Dra. Ruth lembra que a lei estruturou-se para que haja uma proteção dessa mulher, “não apenas para garantir sua integridade física, mas também para proteger sua saúde psicológica, seu patrimônio, sua moral, e punir o agressor devidamente”, assegura a juíza.

 

Dra. Ruth lembra que vivemos uma epidemia invisível, que afeta a sociedade como um todo. “Precisamos que esse enfrentamento seja de todos nós”, adverte a juíza. Muitas mulheres ainda não conseguem romper o ciclo da violência, silenciando-se. “Por isso é tão importante falar sobre o tema, para encorajar as denuncias”, conclui ela.

 

Para denunciar e buscar ajuda a vítimas de violência contra mulheres, ligue 180.

 

O programa na íntegra você confere acessando os links:Definir imagem destacada

 

Facebook

 

 

 

YouTube

 

 

 

Da Redação

 

 

 

 

Compartilhe esta notícia

Ouça Ao Vivo

Apoio Cultural

As mais lidas de hoje

Apoio Cultural

As mais lidas da semana

Apoio Cultural

As mais lidas do mês