“Retrocesso, o sim ao ódio e não ao amor”
Em meio ao caos, eis que surge novamente a pauta sobre a proibição do casamento homoafetivo, e é triste em pleno século 21 ainda ser discutido esse assunto, onde se quer a todo custo vetar o amor.
Pelo jeito os conservadores não se cansam de atingir os homossexuais. Com tantos assuntos graves, ainda preferem a dor e o ódio.
As leis para proibirem os políticos de traírem suas mulheres ou a prisão direta para os corruptos de Brasília nunca entrariam em discussão e voto, afinal pimenta no * dos outros é refresco.
Já aquele que sai na madrugada procurando o t da sigla é o primeiro a votar contra, até porque quem tem a sua sexualidade bem resolvida não está preocupado com a vida do outro.
Em um mundo onde deveriam pregar o amor, o retrocesso continua.
O absurdo foi dito: “Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à literalidade do texto constitucional”, diz Pastor Eurico.
Enquanto isso nas manchetes do Brasil: “Influencer evangélico Victor Bonato é preso acusado de estuprar três fiéis em São Paulo”, mas isso é tema para um outro artigo.
Voltando ao assunto, esperávamos no mínimo que os religiosos que fazem parte da política pensassem no coletivo e bem estar das pessoas, e não em retroceder como na época dos doutores da lei que achavam que tinham o poder de julgamento, até o Mestre vir e mostrar o contrário.
Nada contra nenhuma religião, até mesmo porque eu me considero uma religiosa.
Enquanto tantos heterossexuais abandonam crianças, a comunidade Lgbtqia+ ainda tem uma dificuldade enorme para a adoção, fora preconceito, violência, e agora mais essa: NÃO PODE SE CASAR, NÃO PODE SER FELIZ.
Onde está o direito e dever do cidadão? O livre arbítrio? Cabe a a algum político decidir quem deve se casar com quem?
Esse equívoco deve ser tratado com urgência, pois doentes são esses falsos moralistas.
Eis o Homo Sapiens invertido, mas aqui se faz, aqui ou lá se paga, afinal aquele que destila o ódio, morrerá com o próprio veneno.
Bia Ipsen
Jornalista Diplomada
