Alesp aprova aumento nos salários dos deputados estaduais de R$ 25 mil para R$ 34,7 mil até 2025 em SP
Em três anos, subsídio dos parlamentares terão reajuste total de 37,3%. Pelo texto que ainda precisa ser sancionado pelo governador de SP, os deputados terão ao menos dois aumentos em 2023: um em 1º de janeiro e outro em 1º de abril.
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou na última quarta-feira (21) o aumento escalonado de salários dos deputados estaduais paulistas dos atuais R$ 25 mil para R$ 34 mil até 2025.
O aumento significa um reajuste salarial de 37,3% em três anos. O último aumento aprovado na Casa vigorava desde 2016. No período, a inflação oficial do país foi de 43,2% até novembro de 2022, segundo o IBGE.
De acordo com o texto do projeto, o reajuste começará a entrar em vigor em 1º de janeiro de 2023 e terá um segundo reajuste em 1º de abril do mesmo ano, conforme abaixo.
Reajuste de salários dos deputados estaduais de SP por ano
- 1º de janeiro de 2023– de R$ 25.322,25 para R$ 29.469,99 (16 % de aumento);
- 1º de abril de 2023– de R$ 29.469,99 para R$ 31.238,19 (6% de aumento);
- 1º de fevereiro de 2024– de R$ 31.238,19 para R$ 33.006,39 (5,6% de aumento);
- 1º de fevereiro de 2025– de R$ 33.006,39 para R$ 34.774,64 (5,3% de aumento).
O aumento foi aprovado por 49 votos favoráveis e apenas 10 contrários na última sessão do ano, antes do recesso parlamentar que durará até fevereiro.
Para entrar em vigor em 1º de janeiro, a proposta precisa ser sancionada pelo governador do estado até 31 de dezembro deste ano.
Os novos valores, segundo a Alesp, seguem os reajustes aplicados aos deputados federais, que também aprovaram aumento salarial para os parlamentares, ministros e presidente da República no último dia 20 de dezembro
Votos contrários dos deputados estaduais
Contrária a proposta, a deputada Monica da Mandata Ativista (PSOL) chamou o reajuste de “destoante” em contraponto à não valorização de outras categorias do estado de São Paulo.
“Não tivemos reajuste do salário mínimo real do Estado de São Paulo e diversas categorias, como da enfermagem e da educação”, afirmou.
Também contrário ao reajuste, o deputado Ricardo Mellão (Novo) falou sobre os impactos da inflação no salário da população.
“Temos que ter a noção da realidade em que estamos vivendo, onde a população perdeu o seu rendimento médio e a renda familiar caiu”, disse.
Os dez deputados que votaram contra a proposta foram os seguintes:
- Ricardo Mellão (Novo)
- Sérgio Victor (Novo)
- Heni Ozi Cukier (Podemos)
- Gil Diniz (PL)
- Valéria Bolsonaro (PL)
- Janaína Paschoal (PRTB)
- Patrícia Gama (PSDB)
- Carlos Giannazi (PSOL)
- Érika Malunguinho (PSOL)
- Mônica Seixas, da Bancada Ativista (PSOL)
Fonte: G1