Representantes da SAP participam de Simpósio Educacional Diversidade Humana
Em parceria com o TJ regional, evento foi promovido durante o 3º Encontro Justiça pela Paz
A convite da juíza de Direito do Tribunal de Justiça de Adamantina, Dra. Ruth Duarte Menegatti, a gestora da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, Adriana Alkmin Pereira Domingues, e o gerente regional da Funap, Antônio Marcos Hidalgo, participaram do “Simpósio Educacional Diversidade Humana – Apresentação dos Resultados do IR – Inventário de Referência”. O evento foi realizado no anfiteatro Fernando Paloni, da Secretaria de Cultura e Turismo de Adamantina, em 23/11, como parte integrante do 3º Encontro Justiça pela Paz.
Na ocasião, os representantes da SAP compartilharam experiências durante a roda de conversa O Olhar Feminino no Sistema Prisional. Eles expuseram os trabalhos realizados na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista voltados à reintegração social, saúde, trabalho, educação e capacitação profissional. Além disso, e em especial, abordaram a parceria junto ao Tribunal de Justiça (TJ) e ao Ministério Público (MP) da Comarca de Adamantina sobre o tema Violência Doméstica.
Alkmin explicou que, graças a essa união, desde 2021, as reeducandas da unidade prisional participam de atividades informativas e reparadoras voltadas ao tema como, por exemplo, o Concurso Calendário da Vida – Direito a uma Vida Livre de Violência. Projeto este idealizado pela juíza Menegatti, e que contou com o auxílio da psicoeducadora Denise Alves Freire, da Universidade da Alma, e do Promotor de Justiça, Dr. Marlon Roberth de Sales. Durante a competição, as privadas de liberdade desenharam e escreveram frases sobre violência doméstica, sendo os 12 trabalhos vencedores impressos em um calendário da justiça em 2022. Para compor o aprendizado e imaginação, elas assistiram a vídeos sobre o ciclo da violência e suas formas de enfrentamento.
Após o concurso, os mesmos idealizadores criaram o Projeto Inventário de Referência (IR), que busca mapear quantas presas sofreram ou cometeram violência doméstica antes da prisão e se isto teria relação com a vida criminal. Para tanto, foi aplicado um questionário em 909 presas da penitenciária. Após o levantamento dos dados completos, uma vez que o projeto ainda está em andamento, serão propostas políticas públicas de educação reparadora dentro das unidades prisionais para trazer informações e munir essas mulheres de condições emocionais em busca de mudança de vida e quebra do ciclo da violência. A ideia é estender o projeto a outras unidades prisionais do Estado.
Mais informações:
O 3º Encontro Justiça pela Paz foi realizado pela diretoria regional de ensino e pelo fórum de Adamantina, bem como pelo Roteiro de Trabalho Humanizado, da psicoeducadora Denise Alves Freire e da juíza Menegatti.
Eliane Borges – Croeste