30 de maio de 2022

PROVÍNCIA, BOIADA E MESMICE DE SEMPRE…

PROVÍNCIA, BOIADA E MESMICE DE SEMPRE...
Sérgio Barbosa

 

 “É a inteligência e não a idade que serve para se achar a sabedoria”. (Publilius Siro)

 

Sérgio Barbosa (*)

 

O palco de um teatro qualquer pode representar muitos atos nas apresentações de uma peça simples e complicada ao mesmo tempo, claro, depende sempre do olhar de cada pessoa frente ao enredo apresentado para um público calado pela pressão da emoção em tempo de pós-globalização…

Neste contexto teatral tudo pode acontecer de um momento para outro, assim, quando menos se espera o cenário muda de lugar e a cena vista já não é mais a mesma do segundo anterior, portanto, é preciso ficar atento ao jogo de cena da apresentação artística em terras provincianas…

O artista é senhor de si quando demonstra em cena o seu potencial para uma platéia fascinada pela arte da representação teatral em meio ao gestual inusitado da apresentação teatral nesta denominada “Província do faz de conta”…

A arte proporciona o momento daquele prazer, ao mesmo tempo, traz a beleza do gestual e das palavras colocadas de forma precisa, em outras oportunidades, por meio das famosas metáforas que a língua tupiniquim proporciona aos artistas desta arte milenar…

Porém, os anos passam e as pessoas continuam repetindo a mesma coisa de sempre, isso é, “sentadas num mesmo lugar” como diz o dito mais do que popular tupiniquim, ou, como afirmou um provinciano, “vendo a boiada passar pelas ruas de outrora…”…

Em ambos os casos, é a mesmice de sempre em terras provincianas, talvez, cada qual, do seu jeito bronco, esperando as nuvens de um céu de brigadeiro se dispersarem para uma “chuva” a mais nas centenas de buracos espalhados pelas ruas de uma “província do faz de conta…”

Tudo, na realidade, se resume num mero jogo de cartas, ainda mais em tempo de eleições, desta vez, com múltiplas escolhas para o eleitor menos desavisado quanto aos pré-candidatos “provincianos”, porém, pode ser correr outros riscos, por exemplo, comprar, ou melhor, votar em lebres e ter que engolir sapos e mais sapos, não tão barbudos como da outra vez e assim por diante…

Fake News provinciano…

Entre uma boiada e outra, as portas de um jardim zoológico, como num passe de mágica, “abrem-se às alas para o pós-carnaval provinciano”, agora, empanturrados de “fake News” em busca da hibernação ou redenção política…

Nestes ocasos, um retorno nada infeliz para a toca do outro, ainda, depois da ressaca dos desencontros que ocorreram nas escolhas do passado, pode-se registrar que “Província do faz de conta”, continua caminhando com passos lentos em tempo de Pandemia…

Ainda, para muitos desencontros com um ou mais lados de uma mesma política em meio aos politiqueiros de sempre e ponto quase final…

Nada contra este lado, também, nada a favor, ainda, muito pelo contrário, entretanto, as palavras se perdem no vazio quando ditas ao vento de uma esquina qualquer desta Província do faz de conta…

Entretanto, como sempre, a província tem suas “mentes medíocres” para tais indagações dos “ouvintes de plantão”, ainda, aqueles/as que “gritam” mais do que matraca perdida nas mãos do homem do sinal da frente…

Todavia, ressalta-se neste caso em pauta, aquela “estória de quem vai colocar o tal do guizo no pescoço do gato”. Tendo em vista que por aqui, o impossível pode ocorrer frente ao possível…

Mas, se de rato não se pode ir, pensa-se nas “ratazanas provincianas” em meio ao caos das doenças patrocinadas pelo homem com o homem neste novo tempo novo com Pandemia, gripe e dengue, afinal de contas, quem está preocupado com tais problemas?

Todos podem de um jeito ou de outro, tentar chegar ao topo de uma carreira sem mais e sem menos, quem sabe, procurando o lugar do outro para dar o golpe de mestre, se possível, pelas costas como manda o figurino do passado…

Neste cenário de Pandemia e tudo mais em meio ao tudo de menos, tudo pode acontecer num piscar de olhos, porém, nada é para sempre neste contexto dialógico para a reflexão do “eu sobre o nós” em confronto com o espírito provinciano de equipe…

QUEM SOBREVIVER VAI SABER…

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(*) Jornalista profissional diplomado e professor universitário.

e-mail: [email protected]

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