ABRINDO AS PROMESSAS DO PASSADO…
Jornalista diplomado, Sérgio Barbosa
“ Sentado no gabinete secreto em minha casa, sozinho no trono de bronze reluzente, um raio de luz na escuridão, traz a magia na qual se tem que acreditar”.(Nostradamus)
Nestes últimos dias, por força maior, estive abrindo os meus arquivos em busca de material para isto e mais aquilo, tendo em vista, as novas necessidades voltadas para a área acadêmica em tempo de pósglobalização…
Foi um encontro com o passado, anos e anos de luta pela busca em meio aos desencontros daquela época, quando o “País do faz de conta” andava procurando um caminho depois dos famigerados “anos de chumbo” em terras latino-americanas…
Foram horas e horas abrindo caixas amareladas pelo tempo, bem como, inúmeras pastas de arquivo morto (sic) devidamente protegidas contra pragas e outros, porém, muitos papéis não resistiram aos anos e acabaram se entregando as perdas deste mesmo tempo…
Interessante foi retornar aos velhos e bons tempos de universitário na tradicional “Metodista”, bem como, depois de muita procura pelo nada em meio ao nada, um olhar distante daquele período de vida acadêmica para um projeto fora do contexto acadêmico em busca de um lugar no mercado comunicacional visando o início da carreira na área do jornalismo…
O material trouxe, além das lembranças deste tempo, um encontro com pessoas, entre as quais, amigos e amigas sem endereço para saber isto ou aquilo neste tempo que se chama hoje…
Muitas perguntas para poucas respostas sobre o destino daquelas pessoas que um dia fizeram parte de um mesmo caminho pela mesma forma de caminhar, claro, a saudade é um detalhe neste meio de campo para muitos lados de um mesmo contexto pessoal, mas, como sempre, tudo pode retornar sem mais e sem menos para quem procura estar em sintonia com o passado…
Nesta busca pelo outro lado, esteve presente em minha volta tudo e mais alguma coisa, entretanto, percebi que nunca deixei de lado minhas raízes, ou seja, pessoas e instituições que fizeram parte e ainda fazem parte desta estória de vida frente às incertezas do futuro acadêmico/profissional…
O desejo em muitos casos pode determinar o fracasso pela emoção de estar naquele lugar, assim, o melhor neste caso é “ser” para um encontro racional com passado estando no presente sem futuro…
As estórias se perdem pelas histórias de um tempo perdido nas caixas amareladas pelos anos de guarda, sendo que, os arquivos não dizem mais nada para o presente e ficam apenas na lembrança daquele sonhador de outrora, afinal de contas, tudo era apenas um detalhe em descompasso com a emoção de ser jovem naquele instante mágico da vida terrena…
Dizem que “o passado condena”, talvez possa ser uma máxima para aqueles detentores do famoso “telhados de vidro” na tentativa de um dia se tornarem “vidraça”, neste caso em especial, os personagens dos arquivos e pastas amareladas se perderam num tempo sem presente…
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(*) Jornalista profissional diplomado e professor universitário.
E-Mail: barbosa.[email protected]
Sérgio Barbosa (*)
