Com percurso de 298 km, cavalgada que cruza regiões Noroeste e Alta Paulista passa por Adamantina

Em sua 16ª edição, a “Cavalgada Eduardinho & Amigos” que começou seu percurso na sexta-feira (7) em Rubiácea com tropa de mulas, burros e outros animais, passou em Adamantina nesta segunda-feira (10). A mais recente pernoite do grupo foi em Flórida Paulista, de onde iniciou trajeto pela manhã de hoje a Adamantina.

Grande parte do percurso foi pela Estrada 14, depois a Estrada 15, até chegar ao Bairro Boa Vista, onde foi realizada a parada para descanso e alimentação dos tropeiros, e também o descanso dos animais. Depois o grupo seguiu pela Estrada 2, avançando em seguida em área do município de Lucélia. A próxima parada para pouso será em Inúbia Paulista.

O trecho de 298 km iniciado em Rubiácea segue roteiro pelas cidades de Valparaíso, Flórida Paulista, Adamantina, Lucélia, Inúbia Paulista, Osvaldo Cruz, Parapuã, Iacri, Rinópolis, Piacatu, Gabriel Monteiro, Bilac, Guararapes, Bento de Abreu e termina em Valparaíso, com previsão de chegada no domingo (16), onde ocorre o almoço de confraternização e despedida do grupo.

Na parada pelo bairro Boa Vista, em Adamantina, o SIGA MAIS conversou com um dos organizadores do evento, Manoel Marcos Franco, “Mano Franco”, de Mirandópolis. Ele destacou os aspectos organizacionais da atividade, que contou com o estudo prévio de todo o trecho e tem equipes de apoio em todo o percurso.

Segundo Mano Franco, a Cavalgada chegou à sua 16ª edição e ocorre todo começo de ano, tendo começado com um grupo de sete participantes. O trajeto inicial era de Castilho a Valparaíso. Depois, foi traçado um novo roteiro, partindo também do noroeste paulista, com passagem pela alta paulista e retorno via Andradina. Mais adiante, o grupo redefiniu o trajeto, para o percurso atual.

Nesse período o evento deixou de ser realizado somente no ano passado, em razão do cenário da pandemia da Covid-19. Para a atual edição a decisão por realiza-lo foi bastante recente, tomada no final do ano passado, momento de maior retração e controle da pandemia. “Tomando todos os cuidados, decidimos por fazer para não correr o risco de dispersar e perder a tradição”, disse.

Conforme Mano Franco, a atividade é realizada para confraternizar entre os adeptos dessa categoria de animais – muares, mulas e burros – e celebrar o início de cada ano. A atual edição reúne cerca de 100 participantes em diferentes faixas etárias, de cidades paulistas e estados vizinhos. “Isso possibilita juntar o pessoal mais velho e trazer os mais novos, para garantir a continuidade”, destaca.

Em relação aos animais, são observados os cuidados com alimentação, hidratação e descanso. O percurso tem paradas pontuais para descanso e para que os animais bebam água, e se algum deles apresentar problema, são embarcados em caminhão e recebem os cuidados para recuperação. “Os muares são nossa paixão”, define Mano Franco.

Nas redes sociais a página da Cavalgada destaca que a atual edição homenageia participantes que, por circunstâncias diversas, faleceram ao longo desses anos: Donizete (que faleceu recentemente em acidente automobilístico), Gláucio Nascimento, Sérjão Berranteiro, Luizinho Berranteiro, Claudemir e Wellington. “Estamos homenageando o Donizete e outros amigos que perdemos ao longo dos últimos anos”, ressalta Mano Franco. “É uma homenagem aos amigos que se foram”, completa.

Ele ressaltou também que a cavalgada leva o nome de Eduardinho, que nesta edição, por problemas de saúde, não está fazendo o tradicional percurso com a tropa. “No segundo pouso ele esteve com a gente, se emocionou e chorou bastante. Mas seu estado de saúde não permitiu que participasse. Ficamos chateados, mas seguimos para não deixar a coisa parar”, finalizou.