Tupã tem caso confirmado da variante Ômicron
Prefeitura de Tupã deve editar nesta terça-feira (4) decretos com reforço das medidas preventivas.
Em uma live em seu perfil nas redes sociais na manhã desta terça-feira (4), o prefeito de Tupã, Caio Aoqui, anunciou a ocorrência de um caso da variante Ômicron do coronavírus no município. Conforme o prefeito, o diagnóstico foi confirmado no dia 30 de dezembro. Porém, a divulgação ocorreu somente na manhã de hoje. Assista:
O prefeito apresentou números como a alta de novos casos de Covid-10 no município, a partir das datas festivas de Natal, como também a alta de atendimentos na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde reforçou a equipe com a designação de mais um médico no local.
Caio alertou que na semana passada eram cerca de 70 moradores monitorados quanto à Covid-19 (moradores com sintoma, suspeitos e confirmados), estando o cenário, nesta primeira semana de janeiro, com 197 monitoramentos (127 a mais).
Conforme divulgou o prefeito, o município contabiliza nesta terça-feira a existência de 74 moradores em período de transmissão da doença, dos quais dois estão hospitalizados, sendo um deles uma criança de 4 anos, com comorbidades, internada em Presidente Prudente. Ele destacou, como positivo, que os casos não são graves e atribui isso à vacinação.
Ainda nesta terça-feira deve ser editado um decreto municipal com novas regras, sobretudo diante dos riscos de associação da Covid-19 e a Influenza (gripe). O prefeito adianta que o decreto não implicará em restrições severas, mas cautelares e de prevenção.
Na live foi reiterado sobre a importância quanto ao uso de máscaras de proteção facial, higienização das mãos, evitar aglomerações, preferir ambientes arejados e manter o distanciamento social.
Vacinação protege
Estudos preliminares feitos na África do Sul, nos Países Baixos e Estados Unidos (EUA) revelam que o sistema imunológico dos vacinados ou reinfectados com o SARS-CoV-2 previne casos graves de covid-19, divulgou a Agência Brasil na manhã desta terça-feira.
Liderada por especialistas da África do Sul, a pesquisa concluiu que grande parte da resposta de células T, estimuladas pela vacinação ou por infecções anteriores, é mantida na presença da variante Ômicron.
Segundo os pesquisadores, essa pode ser explicação para o menor número de hospitalizações e óbitos do que em outras ondas da doença. ##banner##
Os estudos
Segundo informa a Agência Brasil, todos os estudos analisaram linfócitos, glóbulos brancos capazes de lembrar um agente patogênico e eliminá-lo do organismo por meses, anos, décadas, ou mesmo ao longo da vida.
A elite desses glóbulos brancos são os chamados “linfócitos assassinos” que identificam as células infectadas e as matam. Isso evita que o vírus prolongue a infecção e cause doença grave. A esse tipo de linfócito, conhecido como CD8, são adicionados os CD4, que ajudam a reativar o sistema imunológico em caso de nova infecção.
Os pesquisadoras Catherine Riou e Wendy Burgers, da Universidade da Cidade do Cabo, observaram a resposta de linfócitos T de “memória” (que lembram como combater o vírus) em 90 pessoas inoculadas com as vacinas da Pfizer (duas doses), Johnson & Johnson (uma ou duas doses) ou previamente infcetadas.
Os resultados – ainda preliminares por não terem sido analisados por especialistas independentes – revelam que a resposta dos linfócitos à Ômicron tem intensidade entre 70% e 80% em relação às variantes anteriores.
Nos Estados Unidos, a equipe do imunologista Alessandro Sette analisou as células brancas de 86 pessoas vacinadas com Moderna, Pfizer e Janssen. Os resultados, também preliminares, mostram que até 90% da resposta permanece intacta com a Ômicron.
Nos Países Baixos, outro estudo preliminar com 60 profissionais de saúde vacinados com Pfizer, Moderna AstraZeneca ou Janssen revela que a imunidade medida pelos glóbulos brancos contra a Ômicron é tão elevada quanto as outras variantes.
Esses resultados contrastam com os estudos de imunidade realizados até agora, que se concentraram em anticorpos. Essas proteínas são produzidas após a infecção ou vacinação e podem impedir que o vírus entre nas células. Vários estudos mostraram que a eficácia dos anticorpos contra a Ômicron é muito menor do que a registrada com as outras variantes.
Com o grande número de infecções pela variante Ômicron, registrada em muitos países, haverá muitas hospitalizações por curto período de tempo.
Os novos dados parecem confirmar o que está sendo observado em vários países: a Ômicron infeta pessoas vacinadas ou já infectadas, mas tem menos possibilidade de escapar aos leucócitos que ainda são capazes de identificar as células e eliminá-las antes que causem a doença grave.
Isso pode explicar como a África do Sul teve 80% menos de hospitalizações com a Ômicron do que com as cepas anteriores. É, no entanto, muito cedo saber o real impacto da nova variante do SARS-CoV-2 nas hospitalizações e óbitos.
Fonte: Siga Mais