28 de agosto de 2020

A ansiedade infantil na pandemia

A ansiedade infantil na pandemia
Este sentimento não é exclusividade dos adultos. As crianças também são afetadas.

Que o período de isolamento em função da pandemia de coronavírus elevou nossos níveis de ansiedade, todo mundo sabe. No entanto, este sentimento não é exclusividade dos adultos. As crianças também são afetadas.

Apesar de incomoda, a ansiedade é uma reação natural do nosso organismo e surge sempre que estamos diante situações – sejam elas reais ou imaginárias – de medo, tensão ou expectativa. É uma emoção que tem a função de nos proteger ou de nos preparar para tais situações. Quando estes episódios de ansiedade ocorrem com maior intensidade e duração, restringindo as atividades diárias e com prejuízo nos relacionamentos interpessoais, então ela passa a ser considerada uma doença.

No cenário atual, de grande estresse e com a persistência dos sintomas de ansiedade, a mente fica desgastada. Assim, com as mudanças de hábitos, a impossibilidade de a criança realizar atividades fora de casa, de desfrutar da companhia dos avós, de brincar com os amigos, além da necessidade de adaptarem ao ensino remoto, causou um impacto negativo na saúde mental dos pequenos.

As consequências negativas podem ser observadas através de alguns sintomas como alterações das funções cognitivas, das habilidades sociais, do padrão do sono, flutuação do humor, do apetite, pois muitas crianças passaram a comer mais, dificuldades de concentração e, claro, queda no desempenho escolar, uma vez que as emoções tem um papel fundamental no momento da aprendizagem. Soma-se a isso, um ambiente familiar onde os pais também estão estressados e que pode contribuir para o agravamento da ansiedade nas crianças, uma vez que elas são sensíveis ao ambiente em que estão inseridas.

Na verdade, os quadros de transtorno de ansiedade na infância não é prerrogativa apenas deste novo contexto. Separações dos pais, morte de um ente querido, mudanças de escola, por exemplo, podem desencadear quadros de ansiedade. No entanto, a pandemia de coronavírus contribuiu para que esse transtorno aumentasse.

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